Noblat propõe “Fica, Weintraub”, para apressar o fim do governo

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Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro convenceu-se de que demitir o ministro Abraham Weintraub, da Educação, não arrefecerá a disposição do Supremo Tribunal Federal de investigar a fundo a rede bolsonarista de fabricação de notícias falsas e os financiadores de manifestações contra a democracia.

Hoje mesmo, o Supremo dará mais uma prova disso ao retomar o julgamento sobre a continuidade do inquérito presidido pelo ministro Alexandre de Moraes. Em tempos de vírus e de desafios ao seu poder, o tribunal deverá decidir por unanimidade ou quase isso continuar com o inquérito.

Se tivesse juízo, Bolsonaro se livraria de Weintraub de qualquer jeito. Mas seus filhos querem mantê-lo porque pensam como ele e apoiam o que ele faz. E Bolsonaro, além de gostar também, teme que a demissão do ministro possa irritar mais ainda parte dos seus seguidores. Daria a impressão que ele se rendeu.

Se Weintraub acabar preso ou impedido pelo Supremo de ser ministro, aí, sim, Bolsonaro alegaria que não teve culpa, que será obrigado a substituí-lo. Seria uma saída, talvez. Mas que não disfarçaria de todo a sua fraqueza como presidente.

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