Aras manda avisar Bolsonaro que não tem culpa
Foto: Adriano Machado | Reuters
O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, adotou uma estratégia para evitar o desgaste político decorrente do inquérito sobre atos antidemocráticos. Na terça-feira (16), a investigação quebrou o sigilo bancário de 11 parlamentares bolsonaristas e fez buscas na casa e gabinete de um deles.
Interlocutores de Jair Bolsonaro e alguns alvos da investigação relataram à coluna que receberam um recado claro de Aras: todas as ações da operação que mirou os apoiadores do presidente foram concebidas e executadas pelo vice-procurador-geral, Humberto Jacques, sem sua participação, que se limitou a respeitar a independência funcional vigente no órgão.
A mensagem surtiu efeito. Aras e a PGR, órgão responsável por pedir as diligências na investigação, estão sendo poupados pelos deputados e pelo próprio presidente, que continuam mirando o Supremo Tribunal Federal.