Marqueteiro bolsonarista quer parar investigações
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A defesa de Sérgio Lima, marqueteiro do Aliança pelo Brasil, partido em criação pelo presidente Jair Bolsonaro, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão do inquérito que investiga o financiamento de atos antidemocráticos realizados em Brasília.
No pedido de habeas corpus, o advogado Huendel Rolim argumenta que as medidas realizadas na fase inicial deste inquérito foram determinadas sem uma investigação preliminar e “sem demonstração mínima de justa causa”. Na semana passada, Lima foi um dos alvos de busca e apreensão da Polícia Federal e teve seu sigilo fiscal e bancário quebrados. O pedido será analisado pela ministra Carmen Lúcia.
“O primeiro ato da investigação foi a determinação de medidas drásticas, invasivas, que violam o domicílio, a intimidade, privacidade, de forma totalmente desproporcional e, pior, sem qualquer justificativa concreta dos motivos pelos quais a investigação precisava ter sua ‘largada’ desta forma”, informa o documento.
A defesa também citou uma manifestação da Polícia Federal revelada por “O GLOBO” em que a corporação pediu que as buscas e quebras de sigilos de parlamentares e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro fossem postergadas ou canceladas.
A empresa de Lima, a Inclutech, é apontada pela Procuradoria-Geral da República como beneficiária de recursos públicos de deputados suspeitos de participarem da organização e financiamento de atos antidemocráticos. O marqueteiro nega vínculo com as manifestações e diz que recebeu por serviços prestados.