Trump planeja mega aglomeração de campanha

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Foto: Nicholas Kamm/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá visitar o Monte Rushmore, nesta sexta-feira, 3, para fazer uma celebração antecipada do dia da independência americana. O parque é famoso por abrigar as esculturas gigantes dos rostos de três ex-presidentes do país. O público estimado é de 7.500 pessoas, um número bem abaixo da capacidade do parque – que no verão chega a receber entre 28.000 a 32.000 pessoas – e pouco mais do que o total de participantes no comício em Tulsa.

Sem planejamento para distanciamento social, o evento acontece ao mesmo tempo em que os casos de Covid-19, doença causada pelo coronavírus, batem recordes diários no país. Outro problema para o parque: Trump planeja usar fogos de artifício sobre a terra seca, aumentando o risco de incêndios florestais.

“Nós falamos às pessoas preocupadas que elas podem ficar em casa, mas para aqueles que queiram se juntar à nós, daremos máscaras gratuitas, se eles quiseram vestirem uma. Mas nós não faremos distanciamento social”, disse o governador republicano de Dakota do Sul, Kristi Noem, na emissora Fox News. Porém, haverá uma triagem mínima para alguns convidados de Trump.

Na corrida eleitoral, Trump está com problemas. As últimas pesquisas nacionais não têm sido favoráveis ao presidente, principalmente em estados chave. As principais causas da queda da popularidade são o gerenciamento da pandemia, na qual os Estados Unidos são o pior cenário no mundo, e a resposta aos maiores protestos raciais desde 1968.

A Dakota do Sul se mantém estável com os números da Covid-19. Segundo a Johns Hopkins University, são 6.893 casos confirmados e 97 mortes. A situação desse estado, no entanto, é uma exceção ao que ocorre no restante do país. Na quinta-feira 3, os Estados Unidos ultrapassaram os 50.000 casos diários. A pandemia no país já dura mais de quatro meses desde a primeira morte.

Ao todos, os Estados Unidos registram 2.740.353 de casos e 128.741 mortes. Anthony Fauci, chefe da força-tarefa de combate à Covid-19 da Casa Branca, disse ao Senado que se nada for feito, a cifra diária poderá chegar em até 100.000 novos casos por dia. “Não estamos indo na direção certa”, afirmou.

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