Com pandemia em alta, DF tem milhares de aglomerações
FOTO: HUGO BARRETO/METROPOLES
A multidão vista na orla do Lago Paranoá no domingo (5/7), em plena pandemia do novo coronavírus, está longe de ser um fato isolado no Distrito Federal. Segundo a Casa Civil, o número de aglomerações na capital do país aumentou 38,6% entre 7 de junho (119) e 6 julho de 2020 (165).
No período, o mapeamento feito pela pasta do GDF identificou 4.893 ocorrências dessa natureza. Ou seja, em média, ao longo de 30 dias, a população formou 163 multidões diariamente.
O dia com a maior quantidade de aglomerações foi 25 de junho, uma quinta-feira. Na data, foram computados 197 agrupamentos. No domingo (7/7), observou-se 168 pontos. Centenas de pessoas caminhavam pela orla perto da Ponte JK, algumas faziam piqueniques e e outras praticavam esportes.
O Governo do DF (GDF) decidiu retomar atividades econômicas e sociais, suspensas para evitar a disseminação da Covid-19. Bares e restaurantes vão reabrir em 15 de julho. Na sequência, escolas públicas e particulares voltarão a ter aulas presenciais.
Apesar da flexibilização, o Executivo local reforça a importância de manter o distanciamento de 1,5 metro entre pessoas e lembra que o uso obrigatório de máscaras ainda está valendo.
Segundo o subsecretário de Inovação da Casa Civil do DF, Paulo Medeiro, as aglomerações são, atualmente, o principal foco de contágio do novo coronavírus.
“Na média, o brasiliense é bem consciente, mas alguns grupos ainda insistem em promover aglomerações”, pontuou. Nesse sentido, o governo colocou em marcha ações de conscientização e fiscalização do DF Legal e do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon).
Nessa terça-feira (7/7), a taxa de isolamento social do DF ficou em 46,22%. As cidades com menores índices observados foram Estrutural, Pôr do Sol e Ceilândia: 29%, 34% e 36%, respectivamente.
O DF Legal começou a fiscalização em centros comerciais e shoppings em 27 de maio. Até o dia 5 de julho, foram realizadas 47 vistorias em shoppings centers. Além disso, outros 105 mil estabelecimentos comerciais de ramos diversos foram inspecionados.
Nesse período, foram fechados temporariamente 1.045 comércios e interditados 233. Além de 4,2 mil ambulantes que acabaram retirados das ruas.