Universitários brancos e negros têm preocupações diferentes
Foto: Analice Paron
Um trabalho que começou há dois anos acaba de sair do forno. Trata-se de uma pesquisa feita com mais de 28 mil estudantes de universidades federais no estado do Rio para medir, digamos, a saúde mental da turma. Quem assina é o Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA), da Uerj. Entre as mulheres brancas, os problemas emocionais aparecem como o fator mais relevante (37,5%), enquanto que, para homens brancos, a dificuldade mais citada foi a falta de disciplina no estudo (37%). No caso dos estudantes pretos e pardos, sejam homens ou mulheres, as dificuldades financeiras (35%) são o principal dificultador da vida acadêmica. Não precisa dizer mais nada!
Quanto a permanência no curso de graduação, as mulheres pretas e pardas são as que mais cogitam sair da universidade (59%), seguida pelas mulheres brancas (54,5%), pelos homens pretos e pardos (52%) e pelos homens brancos (48%). Entre os motivos, as dificuldades financeiras atingem em maior número as pessoas pretas e pardas, chegando a 45% das mulheres e 44,5% dos homens. Entre as pessoas brancas, atinge 32% das mulheres e 29% dos homens.