Advogado de Bolsonaro é alvo da PF hoje

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Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, é alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira após pedido dos procuradores da Lava-Jato do Rio ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio.

Wassef foi citado na delação do empresário Orlando Diniz, ex-presidente da Fecomércio. Em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), em julho deste ano, foi apontado que o escritório de Wassef recebeu um total de R$ 2, 6 milhões da Nagib Eluf Sociedade de Advogados.

Ao todo, foram seis pagamentos entre 2016 e 2017. Na delação premiada, Orlando Diniz também delatou o escritório Nagib Eluf como um dos que recebeu desvios do esquema. O GLOBO apurou que o escritório foi contratado por Orlando e depois subcontratou Wassef para supostamente atender casos de falsificação de documentos.

O advogado Frederick Wassef defendia o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) até junho deste ano no caso das rachadinhas no MP-RJ. Ele saiu depois que Fabrício Queiroz foi preso em sua casa em Atibaia, no interior de São Paulo.

A operação denominada E$quema S, uma parceria do Ministério Público Federal (MPF) com a Polícia Federal (PF) e Receita Federal, faz busca e apreensão em 50 endereços no Rio, São Paulo e Brasília, incluindo as firmas dos envolvidos e outros escritórios e empresas, porque além dos valores desviados há suspeita de malversação de mais R$ 200 milhões.

Entre os alvos está o escritório Teixeira, Martins Advogados, do advogado Roberto Teixeira, sócio de Cristiano Zanin Martins, o responsável pela defesa criminal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além deles, os escritórios da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, Eduardo Martins, Ana Tereza Basilio, advogada do governador Wilson Witzel no processso de impeachment, Tiago Cedraz e Cesar Asfor Rocha também estão entre os investigados.

A ordem dos mandados foi expedida pelo juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Os acusados são suspeitos da prática estelionato, peculato, tráfico de influência, exploração de prestígio, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, pertinência a organização criminosa e sonegação fiscal.

O Globo