Candidatos já fazem propaganda no Facebook

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Foto: José Patrício / Estadão

Embora a propaganda eleitoral só tenha início a partir do dia 9 de outubro, ao menos sete dos 14 candidatos a prefeito de São Paulo já começaram a impulsionar postagens pagas no Facebook e no Instagram para divulgar seus nomes. A maioria gastou algumas centenas de reais com a medida, ao contrário do petista Jilmar Tatto, que já gastou mais de R$ 41 mil. As campanhas nas ruas começam neste domingo.

A página de Tatto no Facebook tem 26 mil curtidas, , número menor até do que de candidatas como Marina Helou (Rede), que tem 37 mil. A pouca exposição é o argumento que a campanha do petista expressa para justificar os gastos.

“O Jilmar começou nas redes agora, praticamente do zero, e precisava de mais seguidores. Por isso fizemos o impulsionamento. Nossos adversários já fazem isso há muito tempo”, disse o deputado estadual José Américo Dias (PT-SP), coordenador de comunicação da campanha de Tatto.

O impulsionamento de propaganda dos candidatos não é uma prática vedada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde que, na publicidade, não haja pedido explícito de voto nem o número de candidatura. Uma decisão do ministro Luís Roberto Barroso isentou em 2018 a pré-campanha do então candidato a senador pelo Amapá Gilvam Pinheiro Borges.

O advogado Fernando Neisser, presidente da Comissão de Estudos em Direito Político e Eleitoral do Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), tem entendimento parecido. Para ele, a prática é legal desde que não incorra em abuso econômico. “Isso vai ser muito analisado caso a caso, conforme for sendo trazido para a Justiça, qual é o cargo, se a pessoa tem renda, porque um sujeito que está desempregado e começa a gastar R$ 3 mil reais todo mês, você tem indício de que está entrando um dinheiro que não é dele”, explica Neisser.

O teto de gastos para as campanhas em São Paulo será de R$ 51.799.383,68 para o primeiro turno, o que deixa Tatto bem distante do abuso econômico. Outros pré-candidatos também anteciparam os gastos nas redes sociais, mas em menor valor. Orlando Silva (R$ 5.460), Andrea Matarazzo (R$ 942), Marina Helou (R$ 1.123), Guilherme Boulos (R$ 374), Levy Fidelix ( menos de R$ 100) e Filipe Sabará (menos de R$ 100) também começaram sentir a temperatura das postagens pagas.

Estadão