Setor ideológico do governo quer Renda Cidadã só em 2021

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Foto: Beto Barata

Com a proximidade das eleições municipais, a ala política do governo Bolsonaro acredita que será difícil definir uma fonte de financiamento para o Renda Brasil — que não seja polêmica e gere desgastes — antes do pleito de novembro.

Parlamentares têm dito ao governo que a criação, por exemplo, de um novo imposto dos moldes da antiga CPMF, como propõe o governo, não tem apoio em ano eleitoral.

Tampouco, como já avaliou Rodrigo Maia, presidente da Câmara, tirar recursos da Educação, pelo Fundeb, para financiar o Renda Brasil.

Nesta quarta-feira (30), segundo o blog apurou, a ala política do governo defendeu nos bastidores que o programa volte ao nome original — Renda Brasil — e não mais Renda Cidadã, como chegou a ser anunciado pelo relator do Orçamento de 2021, senador Marcio Bittar.

Assessores presidenciais defendem também que, já que não há um consenso a respeito da fonte de financiamento do programa, a definição fique em aberto pelo menos até o fim do pleito de 2020.

Nas palavras de um auxiliar de Bolsonaro, o discurso é que nada será “amarrado” agora, e o relator vai buscar — junto com parlamentares e equipe econômica — a fonte de financiamento.

Mas, após reunião ontem entre líderes, parlamentares avaliam que o governo está convencido a recuar da proposta de recursos do Fundeb para o Renda Brasil, assim como Paulo Guedes já fez em relação aos precatórios.

Ou seja: a ideia do governo é sinalizar à população que recebe o Auxílio Emergencial (que termina em dezembro) que eles não ficarão desamparados. Mas, na prática, o governo ainda não respondeu de onde sairão os recursos para o programa social.

G1