Conselho de Ética empurrará caso da cueca com a barriga
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Presidente do Conselho de Ética do Senado, Jayme Campos (DEM-MT) remeteu a representação contra Chico Rodrigues (DEM-RR), o senador flagrado com dinheiro na cueca, à Advocacia da Casa.
A celeridade da resposta do órgão será um termômetro sobre a vontade da cúpula do Senado de fazer andar o processo contra o ex-vice-líder de Jair Bolsonaro. Não há prazo para a apresentação do parecer: pode chegar em um dia ou um ano.
O caso de Flávio Bolsonaro ilustra bem como o corporativismo pode esfriar as investigações sobre os integrantes da Casa.
A representação contra ele foi protocolada em 19 de fevereiro. O parecer da Advocacia sobre o caso ficou pronto quase seis meses depois. Nesse período, a resposta padrão de Jayme Campos sobre a demora para se decidir sobre o caso era a ausência desse relatório.
Detalhe: o parecer da Advocacia é consultivo e absolutamente desnecessário para o andamento de processos contra senadores. O presidente do Conselho de Ética sequer tem obrigação de pedi-lo.