Partido de Russomanno pode ter ligação com PCC
Foto: Adriano Vizoni
“Gente, me atacam com programas antigos de Carnaval, apoio a Dilma [Rousseff], caixa de supermercado. Mas comigo não tem nenhum ataque moral, não tem covidão tucano, não tem suspeita de respiradores superfaturados”, diz o candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (Republicanos) em sua campanha eleitoral.
Na contramão do discurso do deputado federal em defesa da ética, o partido ao qual Russomanno é filiado enfrenta uma série de problemas em administrações paulistas e no Legislativo, com assuntos que vão de loteamento de cargos para pessoas ligadas à Igreja Universal até suspeita de ligação de membros da legenda com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), passando por desvios de servidores no horário de expediente.
As suspeitas das autoridades de elo com o crime organizado por parte de membros do partido estão em prefeituras da região metropolitana de São Paulo e envolvem até um sócio de André do Rap, traficante foragido após ser solto por habeas corpus concedido pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello.
Segundo investigação da Polícia Civil, o crime organizado conseguiu penetrar na administração da cidade de Arujá por meio de licitações e indicações políticas.
O grupo contaria com a participação do vice-prefeito da cidade, Márcio Oliveira —que chegou a ser preso—, diz a polícia.
Redação com Folha