
TSE se prepara para problemas de instabilidade
Foto: Lalo de Almeida/Folhapress
Após os problemas do dia 15 de novembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) adotou uma série de medidas para evitar novos incidentes no segundo turno das eleições municipais, que acontece domingo. Ministros, assessores e especialistas ouvidos pelo Valor apontam que não deve ocorrer instabilidade no funcionamento do supercomputador que contabiliza os votos, o que levou a um atraso de mais de duas horas na divulgação dos resultados. Apesar disso, não há como garantir que não haverá novas tentativas de ataques à rede de dados da Justiça Eleitoral.
Um ministro do TSE, ouvido reservadamente, afirmou que a palavra de ordem na corte é “precaução”. Segundo ele, a equipe de Tecnologia de Informação do tribunal já detectou a possibilidade de novos ataques ao site do TSE, mas medidas adicionais de segurança foram tomadas para tentar neutralizá-los.
Ele, no entanto, faz questão de ressaltar que esse tipo de ataque não tem como atingir a urna eletrônica, que não é conectada à internet, tampouco afetar a transmissão de dados para a totalização dos votos, que são criptografados.
No primeiro turno, os problemas começaram logo pela manhã, com eleitores relatando dificuldades de acessar o e-Título, que poderia ser usado para justificar a ausência no dia da votação. Para evitar uma sobrecarga no sistema, o TSE não vai permitir o download da ferramenta no domingo. O eleitor que quiser ter acesso ao aplicativo vai ter que baixá-lo até amanhã.
À noite, a demora na divulgação dos resultados gerou apreensão em todo o país. Após o atraso, o TSE explicou que o supercomputador responsável pela contagem não conseguiu processar a quantidade de dados que recebeu e teve que ser reinicializado. Além disso, por causa da pandemia, a Oracle, empresa responsável pelo serviço, atrasou a entrega do equipamento e nem todos os testes previstos puderam ser realizados.
Nos últimos dias, o TSE realizou novos testes para garantir que não haverá atrasos no domingo. A expectativa é positiva e o tribunal afirma que o sistema está preparado para “a realização exitosa no segundo turno”.
Um dos motivos é que a quantidade de dados será menor. No primeiro turno, ocorreu eleições para prefeito e vereadores nos mais de 5 mil municípios brasileiros, com exceção de Macapá. Agora, haverá segundo turno apenas em 57 cidades. Outro ponto destacado é que, após o batismo de fogo do dia 15, a inteligência artificial do computador já foi treinada e terá uma performance melhor desta vez.
Apesar desses incidentes, o que tem gerado mais preocupação no TSE é a possibilidade de novos ataques cibernéticos. Durante o primeiro turno, veio à tona que houve uma tentativa de ataque de negação de serviço ao sistema da Justiça Eleitoral e o vazamento de informações pessoais de funcionários que, apesar de serem fruto de uma invasão antiga, foram divulgadas propositalmente no dia da eleição.
Os dois crimes estão sendo investigado pela Polícia Federal (PF) e são apontados como um movimento orquestrado para deslegitimar o sistema eleitoral.
De acordo com Thiago Tavares, presidente da SaferNet, o que se viu após a eleição foi um crescimento da narrativa que os resultados das eleições foram fraudados. Segundo ele, quem estava amplificando essa tese nas redes estava usando os dois ataques sofridos pelo TSE como argumento
“São teorias da conspiração que se cria em torno dos dois eventos, na tentativa de amplificar uma narrativa para desacreditar a Justiça Eleitoral, inocular o vírus da dúvida na população, sobre se realmente as eleições são seguras, se o resultado expressa a vontade popular”, disse.
Tavares, no entanto, admite que os hackers podem voltar a agir. Segundo ele, o TSE sofreu um ataque de 30 gigabits por segundo e hoje há robôs com capacidade de deflagrar ataques de até 700 gigabits. “Esse tipo de ataque, com essa volumetria, é muito difícil ser contida, não só pelo TSE, por qualquer instituição, seja ela pública ou privada.”
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