Bolsonaro não tem plano para vacinação, mas tem para armas

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Foto: Reprodução

A decisão do governo federal de zerar a alíquota de importação de revólveres e pistolas virou uma espécie de agenda paralela diante da falta de um planejamento para a vacinação rápida contra a Covid-19.

O próprio gesto político do presidente Jair Bolsonaro de capitalizar a medida nas redes sociais mostra uma tentativa de criar uma espécie de cortina de fumaça com um novo tema para dividir as atenções com o desempenho sofrível do Ministério da Saúde na condução da pandemia.

Antes, a alíquota para importação de revólveres e pistolas era de 20%. Agora, foi zerada, e com isso, o governo deixa de cobrar o imposto sobre a importação.

A medida já tinha sido defendida pelo presidente Bolsonaro em várias situações. Pela manhã, ele fez questão de capitalizar o tema, ao publicar uma foto em uma rede social segurando uma arma. Ele disse que a medida entra em vigor no dia 1º de janeiro.

Desde que assumiu o governo, Bolsonaro tem feito movimentos para flexibilizar o porte e a posse de armas. O Congresso barrou parte dessas iniciativas. Mas ele tem conseguido avançar em alguns pontos.

Em abril, o presidente revogou portarias que tornavam mais rígido o rastreamento, identificação e marcação de armas e munição. E não foram criadas novas medidas para rastrear armas.

Nesse mesmo mês, na famosa reunião ministerial do dia 22, Bolsonaro disse que quer “que o povo se arme” para o Brasil não virar uma ditadura e para a população enfrentar determinações sanitárias de autoridades contra o coronavírus.

“Olha como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Por isso eu quero que o povo se arme, a garantia de que não vai aparecer um f…[palavrão] e impor uma ditadura aqui. A b…[palvrão] de um decreto, algema e bota todo mundo dentro de casa. Se ele tivesse armado, ia para rua. Se eu fosse ditador, eu desarmava como fizeram todos no passado”, afirmou Bolsonaro, dirigindo-se ao ex-ministro da Justiça Sergio Moro, como registrado em vídeo.

G1 

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