
Presidentes do Congresso querem adiar “polarização”
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Divulgação
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin que anulou condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava-Jato balançou o tabuleiro político brasileiro. A anulação devolve os direitos políticos ao ex-presidente e permite que o petista dispute as próximas eleições presidenciais ou outro cargo político. Para os presidentes do Congresso Nacional, no entanto, a polarização entre o ex-presidente e Jair Bolsonaro não pode afetar a tramitação de projetos nas duas Casas do Legislativo.
Tanto o deputado Arthur Lira quanto o senador Rodrigo Pacheco defendem que medidas de combate à pandemia e a agenda de reformas devem ser a prioridade do Parlamento, e não as eleições presidenciais de 2022.
“O povo brasileiro merece o respeito de não antecipar as eleições, quando temos mais de dois mil mortos em função da pandemia e pessoas que ainda não foram vacinadas. Considero que será muito ruim a antecipação do processo político-eleitoral” disse Pacheco.
Lira ressaltou que as mesas da Câmara e do Senado, além de suas presidências, são neutras e classificou como “erro mortal” o país perder a oportunidades para implementar reformas necessárias e investir em medidas para conter a pandemia, como a vacinação. “O foco não é 2022. Se não atravessarmos hoje o drama de agora, nós não chegaremos no amanhã”, disse Lira, referindo-se à pandemia.
Questionado se o presidente Jair Bolsonaro não é o responsável por essa antecipação de 2022, Pacheco disse que, se o presidente medir suas ações com objetivo eleitoral, estará errado, assim como o ex-presidente Lula, caso o petista prefira discutir o pleito a propor soluções para a pandemia. O presidente do Senado afirmou que o momento é de união: “Gostaria muito de ver o presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula, quem sabe, sentados à uma mesa, para buscarmos soluções que nós estamos buscando no Congresso Nacional.”
Por outro lado, os parlamentares criticaram a Operação Lava-Jato por “politizar” o Judiciário. Lira defendeu que o STF conclua a análise do processo movido pela defesa de Lula sobre suspeição do ex-juiz Sergio Moro, responsável pelos casos da operação em Curitiba. Ele disse ser, na sua opinião, “irrefutável” que o ex-ministro da Justiça foi parcial em seus julgamentos e classificou a decisão de Fachin de anular as condenações como “inesperada”. Pacheco, por sua vez, evitou falar sobre o mérito da decisão de Fachin, que chamou de “normal”, mas fez duras críticas à “politização da Justiça”.
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