Planos, ameaças, fotos de fuzis: o que havia nos celulares de Adriano da Nóbrega

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Foto: Reprodução

Mensagens e fotografias encontradas pelo Ministério Público do Rio nos nove celulares apreendidos com o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega revelam como o ex-capitão do Bope planejava fugir da ação policial que acabou com sua morte. O EXTRA teve acesso, com exclusividade, aos relatórios de extração de dados dos aparelhos, que só vêm à tona mais de um ano após a morte do ex-caveira numa operação num sítio na cidade baiana de Esplanada. Nos celulares, o MP encontrou imagens do arsenal de fuzis que Adriano tinha a seu dispor e teve acesso a diálogos que comprovam que, mesmo em fuga, ele seguia dando ordens para seus comparsas — um policial militar entre eles —, ameaçava desafetos, negociava cavalos de raça e monitorava os passos da contravenção no Rio.

“Já tô no rancho. Fica trank. Segue com Deus. Vai dar certo”. Essas foram as últimas mensagens enviadas pelo miliciano, cerca de seis horas antes de ser morto, na manhã de 9 de fevereiro. Na madrugada anterior, ele havia chegado ao sítio do vereador do PSL Gilsinho da Dedé, que esperava usar como esconderijo. O texto foi endereçado à Julia Emilia Mello Lotufo, viúva de Adriano, atualmente foragida: nesta segunda-feira, ela foi alvo da Operação Gárgula, contra a organização criminosa responsável pela movimentação financeira e lavagem de dinheiro do espólio criminoso deixado por Adriano. Poucas horas antes da mensagem, Julia avisou a Adriano que ele deveria fugir: “Não fica mais aí”. Foi a senha para ele deixar a casa do seu amigo e fazendeiro Leandro Guimarães, onde estava hospedado, e ir para o rancho isolado onde acabou sendo encontrado.

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