Novo chefe da PF recebe missão de limpar a barra de Bolsonaro
Foto: reprodução/Alesp
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pretende que a nova gestão no Ministério da Justiça o auxilie a resgatar bandeiras que ajudaram a elegê-lo e que, depois, durante o governo, perderam força. Uma delas é o “lavajatismo”.
Um dos pedidos do presidente a Anderson Torres foi para que desfizesse a imagem de que houve interferência do Palácio do Planalto na Polícia Federal, principal motivo alegado pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro quando deixou o cargo.
A acusação de Moro, símbolo da Lava Jato, virou até mesmo um inquérito, que ainda está em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Tanto que o presidente não pediu que fosse feita essa troca no comando da Polícia Federal e não sugeriu nenhum nome para a substituição de Rolando Souza. Apenas avalizou o nome escolhido por Anderson, Paulo Maiurino.
Outra bandeira que Bolsonaro pretende que Torres resgate no ministério é o da segurança pública. No primeiro ano do mandato do presidente, as taxas de homicídio no país caíram 19%. Moro era ministro à época e ele e outros integrantes do governo costumavam alardear esses índices.
Em 2020, porém, a taxa de homicídios cresceu 5%, assim como outros indicadores, e o assunto sumiu do governo.
Torres, enquanto secretário de segurança pública, conseguiu bons indicadores. Dados oficiais do Distrito Federal mostram que a taxa de homicídio em 2019 foi a melhor dos últimos 35 anos e em 2020 a menor dos últimos 41 anos.
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