Governo lista acusações que podem surgir contra Bolsonaro na CPI

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Foto: PEDRO FRANCA/AGÊNCIA SENADO

A Casa Civil, pasta comandada pelo ministro Luiz Eduardo Ramos, enviou um e-mail para as secretarias executivas de 13 ministérios com uma lista com 23 acusações e críticas ao desempenho do governo federal no combate à pandemia e que podem ser usadas como objeto na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

“Será entregue em meio físico na Secretaria Executiva dos Ministérios envolvidos o documento com temas selecionados no intuito de que respondam, desde já, com as ações realizadas. As respostas dos ministérios devem ser entregues em meio físico na SAM/CCPR até o dia 23/04 (sexta-feira às 18h)”, diz o e-mail encaminhado às 13 secretarias executivas das pastas.

Negligência do governo na compra de vacinas, promoção de tratamento precoce contra a Covid sem comprovação científica, militarização do Ministério da Saúde, minimização da gravidade da pandemia e ausência de incentivo à adoção de medidas restritivas para reduzir o contágio pela doença são alguns dos pontos.

A lista à qual o Broadcast/Estadão teve acesso foi revelada neste domingo (25) pelo portal UOL e confirmada pela Casa Civil em resposta ao questionamento. “A coordenação de ações interministeriais é função primordial da Casa Civil, e não seria diferente em relação às inúmeras iniciativas tomadas pelo Governo Federal para defender a vida e preservar empregos, desde o início da pandemia”, diz nota enviada pela Casa Civil.

“O documento citado pela matéria do UOL, portanto, mostra apenas o óbvio, que a Casa Civil está fazendo seu trabalho de coordenação de forma antecipada, integrada e consistente.”

A CPI deve ser instalada nesta terça-feira, dia 27, para investigar a conduta do governo federal na pandemia. Numa espécie de defesa antecipada, Bolsonaro tem dito que “acertou todas” na pandemia, apesar de declarações minimizando a doença e previsões de que a crise iria acabar logo, o que não ocorreu. “Não errei nenhuma desde março do ano passado”, disse o presidente a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

Uma versão preliminar do plano de trabalho da CPI prevê investigar questões como o atraso na compra de imunizantes pelo País, a omissão do Ministério da Saúde no colapso na rede de saúde de Manaus no início do ano e a insistência de Bolsonaro em recomendar o chamado tratamento precoce – que, além de não ter eficácia comprovada para a covid-19, ainda pode levar pacientes à fila dos transplantes.

A lista de Ramos traz também a acusação sobre o governo ter recusado 70 milhões de doses da vacina da Pfizer. Sobre essa questão, a CPI deve ouvir o ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, Fábio Wajngarten. Ele declarou, em entrevista à revista Veja no dia 22, que essa negociação não avançou por “incompetência” e “ineficiência” do Ministério da Saúde. Ele afirma na publicação que, ao saber da proposta, articulou reuniões com diretores da farmacêutica, mas que “as coisas travavam no Ministério da Saúde”.

Em razão disso, o Senado pode ser palco de um embate entre o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o ex-secretário Wajngarten. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defende uma acareação entre eles na CPI. Cotado para ser vice-presidente da CPI, Randolfe quer uma confrontação pública para esclarecer as declarações de Wajngarten. “Acho que vai ser inevitável isso”, disse o senador ao Estadão.

Randolfe também vai apresentar um requerimento para convocar Wajngarten para ser ouvido no colegiado. Nele, o parlamentar diz que a presença de Wajngarten será de “suma importância” para a investigação.

Estadão

 

 

 

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