Renan diz a Ernesto que ele passou vergonha em Israel

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), classificou a postura de integrantes e, sobretudo, do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo da comitiva brasileira a Israel como “vexame” por não usar máscaras e expor outras pessoas a risco.

Ao questionar sobre quem chefiou e quem montou a composição da comitiva, o relator não perdeu a oportunidade de fustigar o ex-chanceler.

“A principal notícia que nos chegou dessa viagem: o não uso de máscaras e a exposição das pessoas a risco. Esse vexame por si só já atrapalha a imagem do Brasil e causa ainda mais estranheza pelo pretexto da viagem que é o combate à Covid-19”, disse.

Araújo explicou que a missão nasceu de uma conversa entre o presidente brasileiro Jair Bolsonaro (sem partido) e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Na ocasião, o israelense teria comentado com entusiasmo sobre dois medicamentos desenvolvidos no país judaico para o tratamento da Covid-19.

O ex-chanceler não se justificou. Antes de partir do Brasil, a comitiva fez fotos sem máscaras e, ao chegar a Israel, registrou a chegada com o equipamento facial. Lá, todavia, Araújo foi repreendido em uma cerimônia oficial com o chanceler israelense, Gabi Ashkenazi, por não usar máscara de proteção.

Araújo é o sétimo depoente do colegiado. Antes dele, os senadores ouviram o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten, o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, além dos ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.

A comissão ouvirá, nesta quarta-feira (19/5), o ex-ministro Eduardo Pazuello, que teve a oitiva adiada no último dia 5, após ele ter alegado contato com dois servidores infectados pela Covid-19.

A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

Metrópoles