TSE teme que rede de fake news mude do WhatsApp para o Telegram
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Nas últimas eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apostou em parcerias com as plataformas e instituições no combate à desinformação. Com base nessas parcerias, por exemplo, o tribunal tinha um canal direto com o WhatsApp para envio de denúncias de disparo em massa.
Para Aline Osorio, secretária-geral do TSE e coordenadora do Programa de Enfrentamento à Desinformação, as parcerias foram bem-sucedidas e devem ser ampliadas no ano que vem, incluindo maior transparência por parte das plataformas.
Questionada sobre o Telegram, aplicativo que possui grupos com até 200 mil participantes e sem representante legal no Brasil, ela afirmou que a ferramenta é um grande desafio e que o tribunal está buscando contato por vias diplomáticas com algum representante da empresa.
“O Telegram é um grande desafio, nós temos buscado canais, ainda não conseguimos chegar no Telegram. Atualmente a moderação de conteúdo que é feita, ou que praticamente não é feita pelo Telegram, é mais com base em preocupações de terrorismo”, afirmou. “Estamos usando caminhos diplomáticos para chegar em representantes do Telegram.”
Além disso, ela considera que uma das prioridades é que as plataformas tenham regras claras de moderação de conteúdo para o contexto eleitoral, como em casos de postagens alegando indevidamente fraude no resultado eleitoral ou que não reconheçam o resultado eleitoral. Um caminho, segundo ela, seria incluir na reforma eleitoral a obrigatoriedade de que as plataformas possuam tais regras.