Ex-presidentes do TSE dizem que se Congresso aprovasse voto impresso o STF poderia barrar
Foto: Fábio Corrêa/Folhapress
Considerados pais da urna eletrônica, os ex-presidentes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Carlos Velloso e Marco Aurélio rechaçam a possibilidade de fraude no sistema de votação e afirmam que alterar o modelo atual representaria um retrocesso.
Os ex-magistrados também dizem que, apesar de a nota do ministro da Defesa, Braga Netto, ter afirmado que cabe ao Congresso discutir a implementação do voto impresso, o STF pode, sim, derrubar uma decisão do Legislativo sobre o tema.
À frente da corte eleitoral de 1994 até maio de 1996, Velloso foi o responsável por desenvolver o sistema, enquanto Marco Aurélio foi quem presidiu o tribunal no pleito de 1996, o primeiro sob a urna eletrônica.
“O STF já decidiu pela inconstitucionalidade porque quebra o sigilo do voto. Quem decide é o Congresso, agora, se o Congresso votar uma lei que contrarie uma disposição constitucional, que seja cláusula pétrea, a corte constitucional tem que se manifestar”, diz Velloso, antes de ressaltar que o sistema atual é auditável.
Marco Aurélio segue a mesma linha: “O presidente Jair Bolsonaro foi eleito mediante esse sistema. Quer dizer, o sistema serviu para elegê-lo e agora não vai servir para 2022?”, argumenta.
O ex-ministro Ayres Britto diz que realizou o primeiro grande teste de segurança do sistema de votação em 2008 quando era presidente do TSE e afirma que não há risco de fraude.
Ele também critica a ideia de acoplar um equipamento à urna para imprimir o comprovante do voto e diz que o aparelho seria uma “parafernália”.
“Não tem nada a ver com o refinamento tecnológico da urna que passamos a ter a partir de 1996. São como água e óleo, não se misturam”.
Assinatura
CARTA AO LEITOR
O Blog da Cidadania é um dos mais antigos blogs políticos do país. Fundado em março de 2005, este espaço acolheu grandes lutas contra os grupos de mídia e chegou a ser alvo dos golpistas de 2016, ou do braço armado deles, o juiz Sergio Moro e a Operação Lava jato.
No alvorecer de 2017, o blogueiro Eduardo Guimarães foi alvo de operação da Polícia Federal não por ter cometido qualquer tipo de crime, mas por ter feito jornalismo publicando neste Blog matéria sobre a 24a fase da Operação Lava Jato, que focava no ex-presidente Lula.
O Blog da Cidadania representou contra grandes grupos de mídia na Justiça e no Ministério Público por práticas abusivas contra o consumidor, representou contra autoridades do judiciário e do Legislativo, como o ministro Gilmar Mendes, o juiz Sergio Moro e o ex-deputado Eduardo Cunha.
O trabalho do Blog da Cidadania sempre foi feito às expensas do editor da página, Eduardo Guimarães. Porém, com a perseguição que o blogueiro sofreu não tem mais como custear o Blog, o qual, agora, dependerá de você para continuar existindo. Apoie financeiramente o Blog
FORMAS DE DOAÇÃO
1 – Para fazer um depósito via PIX, a chave é edu.guim@uol.com.br
2 – Abaixo, duas opções de contribuição via cartão de crédito. Na primeira, você contribui mensalmente com o valor que quiser; na segunda opção, você pode contribuir uma só vez também com o valor que quiser. Clique na frase escrita em vermelho (abaixo) Doação Mensal ou na frase em vermelho (abaixo) Doação Única
DOAÇÃO MENSAL – CLIQUE NO LINK ABAIXO
https://www.mercadopago.com.br/subscriptions/checkout?preapproval_plan_id=282c035437934f48bb0e0e40940950bf
DOAÇÃO ÚNICA – CLIQUE NO LINK ABAIXO
https://www.mercadopago.com.br/subscriptions/checkout?preapproval_plan_id=282c035437934f48bb0e0e40940950bf