Outro cantor da “velha guarda” enrolado com fascistas

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Foto: Reprodução

O cantor Eduardo Araújo, da Jovem Guarda, foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (20) expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em sua casa em Cotia, na Grande São Paulo. A ação investiga a incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia divulgados pelas redes sociais.

O artista não havia sido localizado pela GloboNews e pelo G1 para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem. Ele também não foi encontrado pelos agentes da Polícia Federal (PF) em sua casa em Cotia, Grande São Paulo. Por esse motivo, o mandado não foi cumprido, e não foram feitas buscas no imóvel.

Além de Eduardo Araújo, o cantor Sérgio Reis, também da Jovem Guarda, foi alvo de busca e apreensão pelo STF. Uma casa de Sérgio Reis, que fica em Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo, foi vistoriada por agentes da PF. O artista deverá depor nesta tarde na sede da Polícia Federal, na capital paulista (saiba mais abaixo).

Ao todo, 13 mandados foram autorizados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes e atendem a um pedido da subprocuradora Lindora Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR). Houve buscas no gabinete do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) na Câmara dos Deputados, em Brasília

Os alvos são:

Sérgio Bavini (o cantor Sérgio Reis, no nome artístico);
Otoni Moura de Paulo Júnior, o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ);
Alexandre Urbano Raitz Petersen;
Antônio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil);
Bruno Henrique Semczeszm;
Eduardo Oliveira Araújo, cantor;
Juliano da Silva Martins;
Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé́ Trovão;
Turíbio Torres;
Wellington Macedo de Souza.
Agentes da Polícia Federal (PF) foram a 29 endereços no Distrito Federal (1), além dos estados de Santa Catarina (6), São Paulo (2), Rio de Janeiro (1), Mato Grosso (1), Ceará (1) e Paraná (1).

“O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”, informou a PF, em nota.

A GloboNews apurou que há indícios de ameaças a ministros do STF, a senadores e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Moraes determinou que todos os investigados, à exceção de Otoni, não podem se aproximar da Praça dos Três Poderes.

Após o vazamento de um áudio em que Sérgio Reis defende a paralisação de caminhoneiros para pressionar o Senado a afastar ministros do STF, subprocuradores-gerais pediram à Procuradoria da República, no Distrito Federal, a abertura de investigação a respeito do caso.

Em entrevista ao jornal “O Globo”, o artista disse se arrepender de ter mandado o áudio para um amigo.

Já Otoni foi denunciado pela PGR ao STF em julho de 2020 pelos supostos crimes de difamação, injúria e coação em vídeos com ataques e ofensas a Alexandre de Moraes. No mês seguinte, a Justiça de São Paulo determinou a exclusão das postagens.

O G1 tenta contato com o cantor e com o parlamentar.

Nas redes sociais, Otoni afirmou que “não há nada melhor que não dever nada a ninguém” e chamou Moraes de “tirano”. “Não tenho o que temer, pois nunca incitei a população contra as instituições basilares da República”, afirmou. “Mas sou e continuarei sendo crítico ao comportamento de ministros do STF”, emendou.

O parlamentar acrescentou que foi intimado a comparecer à PF e que agentes levaram um celular e um laptop.

G1  

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