
Ex-candidato a governar o DF, general descarta golpe militar
Foto: Ed Alves
O general Paulo Chagas, ex-candidato ao governo do Distrito Federal, não acredita em qualquer possibilidade de fechamento do Congresso ou do Supremo Tribunal Federal (STF) por grupos de bolsonaristas radicais no próximo 7 de setembro. A avaliação foi feita, ontem, em entrevista ao CB.Poder, parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília. Segundo ele, há muita bravata e discurso inflamado na redes sociais por parte dos apoiadores do presidente da República.
“É pior o silêncio do lobo do que o latido do cão”, comparou Chagas. Por latido do cão, entenda-se a gritaria por conta das recentes decisões do ministro Alexandre de Moraes, que alcançara, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, o cantor sertanejo Sérgio Reis e outros que vinham propondo gestos extremos contra o Congresso e STF. “Não acredito que irá acontecer”, apostou o militar da reserva.
Para Chagas, a melhor solução contra a crise institucional fomentada por Bolsonaro é o diálogo. “E se ninguém fizer isso, penso que as instituições mais vocacionadas para mediar conflitos são as Forças Armadas. É como se elas fossem o lado fiel da balança, e, por isso, podem estimular o diálogo. Se a desordem tomar conta do Brasil, a missão cairá nas mãos das FAs, que vão estabelecer a lei e ordem, conforme prevê a Constituição”, explicou.
Segundo o general, os militares deve ser imparciais, razão pela qual não devem tomar partido nas brigas da República. Ele se mostrou contrário às politização da caserna, tal como Bolsonaro vem forçando. E criticou a postura do ministro da Defesa, Walter Braga Netto.
“Embora não seja um político, está exercendo a função politicamente. Isso não é bom. Até porque dá a impressão de que ele (Braga Netto) tem poder de mobilizar o emprego das Forças Armadas para fins políticos, como deseja o presidente”.
Essas são, fundamentalmente, as razões pelas quais não apoiará Bolsonaro em 2022. “Embora eu não saiba dizer quem é a terceira via — o que será apontado pelas circunstâncias —, acho que todos que desejam o bem do Brasil precisam acreditar em um terceiro nome entre (o ex-presidente Luiz Inácio da Silva) Lula e Bolsonaro”, disse.
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