CPI chega ao fim após desmascarar Bolsonaro
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Apesar de até agora não ter apresentado novidade capaz de fazer crepitar o País, a CPI da Covid chega ao desfecho em consonância com o papel assumido no início dos trabalhos: carimbar Jair Bolsonaro como um gestor, cruel, ineficaz e omisso, o que dificulta ainda mais a situação eleitoral dele. Faltando um ano para a eleição e com base nos dados disponíveis, Bolsonaro terminará de atravessar o calvário imposto pela CPI sob dúvidas jamais imaginadas em abril, quando os trabalhos da comissão tiveram início: a) ele disputará a eleição?; b) se disputar, estará no segundo turno?
Em 13 de abril último, quando foi criada a CPI, Jair Bolsonaro era mal avaliado por uma fatia dos brasileiros em torno de 40%. Agora, seis meses depois, mais da metade dos entrevistados considera ruim ou péssima a gestão do presidente.
Conforme os manuais clássicos das campanhas políticas, a situação de Bolsonaro é crítica.
1) a avaliação do governo e similares está abaixo dos índices que dão alguma chance a ele; 2) a inflação e o desemprego fomentam o “bad feeling factor”; 3) o desempenho do presidente na crise aguda e recente (no caso, a pandemia) foi pífio.
A literatura da política e do marketing eleitoral ainda não conhecem um presidente que tenha sido reeleito com essa conjunção de fatores.
Há, porém, um fator extra não medido em eleições anteriores: a guerra cultural do presidente (costumes, religião, teorias da conspiração etc), alavancada pelas redes sociais.
Se Bolsonaro conseguir levar a agenda eleitoral para esse campo, como vem fazendo, inclusive com ajuda de parte da esquerda, as variáveis anteriores perdem força e ele volta a ter chances, diz quem conhece do riscado.
No sobe e desce da CPI, é inegável que Renan Calheiros (MDB-AL) conseguiu um “reposicionamento de marca”. O relator tem brincado que voltou aos tempos de quando usava óculos de aro grande e cabelo comprido. Até para palestra em universidades foi convidado.
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