MST responde Bolsonaro e voltará a fazer ocupações

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Foto: Reprodução

Na contramão do que disse Jair Bolsonaro há um mês em entrevista à revista Veja, o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) decidiu retomar e impulsionar as ocupações a partir de outubro.

Com o arrefecimento da pandemia da Covid-19, em razão da qual havia interrompido as ações, o MST já ocupou propriedades em São Paulo (município de Mirante do Paranapanema), Bahia (Ruy Barbosa) e Rio Grande do Norte (região do Seridó) neste mês.

A meta agora é a de fazer pelo menos uma ocupação por estado até o fim de 2021.

Bolsonaro disse à Veja que “praticamente quase zerou” as ocupações do MST porque, segundo ele, foi cortado o dinheiro de ONGs que supostamente era direcionado para o movimento e porque distribuiu títulos de propriedade.

“Não passa mais um ‘busão’ na frente da propriedade onde o cara tá, o cara é obrigado a entrar num ônibus aqui para invadir lá, isso acabou”, disse Bolsonaro à revista. “Paz para o campo. Não é à toa que o campo está comigo”.

De acordo com dados levantados pelo governo federal, houve 14 ocupações de 2019 até abril de 2021. De 2016 a 2018, foram 111. De 2011 a 2015, 912. De 2003 a 2010, 1.968. De 1995 a 2002, 2.442.

Membros do MST, no entanto, apontam outros motivos para a queda no número de ocupações durante o governo Bolsonaro.

As razões principais seriam a redução na criação do número de assentamentos desde o começo do governo Dilma Rousseff (PT), o que prejudica o trabalho de base; as mudanças no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e os cortes na reforma agrária durante a administração Michel Temer (MDB); e, por fim, o discurso agressivo de Bolsonaro contra os sem-terra.

Os posicionamentos públicos de Bolsonaro sobre o MST, argumentam, fizeram com que os latinfundiários assumissem postura mais violenta em relação aos sem-terra, o que levou o movimento a tomar a decisão de manter as ocupações existentes e ser cauteloso para não expor seus membros a riscos.

Folha de S. Paulo

 

 

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