Rejeição a Moro é a segunda maior e explica estagnação
Foto: Genial-Quast/Reprodução
Um dos desafios que os candidatos têm pela frente é vencer a rejeição. A Quaest faz uma medição interessante porque cruza o conhecimento que o eleitorado tem do candidato com a rejeição — dado que, muitas vezes, parte da hostilidade eleitoral a um postulante se deve ao fato de que este é desconhecido de uma larga maioria.
Assim, há um sinal vermelho que esse levantamento detecta que é o “conhece e não votaria”. Duas outras categorias também são reveladoras: “conhece e votaria”, que aponta para uma consolidação da escolha, e “conhece e poderia votar”, que compõe, com o índice anterior, o potencial de um candidato.
Em outubro, 65% diziam conhecer Jair Bolsonaro e não votar nele. O número oscilou par 67% no mês passado e, agora, é de 64%. Afirmavam, há dois meses, conhecer o presidente e votar nele 20%, e outros 11% diziam que poderiam fazê-lo, marcando um potencial de 31%. Só 2% não sabiam que é ele. Em novembro, esses números oscilaram, respectivamente, para 18% e 12%. E, neste mês, ficaram em 17% e 15%.
Sergio Moro continua a ser o segundo nome mais rejeitado: 61% dizem que o conhecem e não votam nele, mesmo número de novembro; em outubro, eram 59%. Afirmam saber quem é Moro e votar 6%; outros 19% dizem que poderiam fazê-lo. Em novembro, esses índices eram 5% e 19%; em outubro, 6% e 20%. O potencial de voto de Moro, portanto, não mudou. Nem a rejeição. Só 13% afirmam não conhecê-lo.
A rejeição a João Doria também segue alta: 59% dizem que o conhecem e não votam nele. No mês passado, eram 58%; em outubro, 61%. Conhecem e votam no tucano 2%, e 13% poderiam fazer essa escolha. Nos meses anteriores, respectivamente, 2% e 15% (novembro) e 3% e 14% (outubro). Dizem, não entanto, não conhecer o governador de São Paulo 24%.
A rejeição a Ciro Gomes também é alta: conhecem e não votam 55% — antes, 53% e 56%. Hoje, conhecem e votam 4%, e 22% poderiam fazê-lo. Em novembro, os números eram idênticos. Em outubro, respectivamente, 5% e 25%. Há uma possibilidade de que o potencial de voto esteja em queda. Afirmam não conhecer o ex-governador do Ceará 18%.
Dos candidatos muito conhecidos — só 1% diz não saber quem é —, Lula é o menos rejeitado. Dizem não votar nele sabendo quem é 43%. Em novembro, eram 39%, e em outubro, os mesmos 43%. Sabem quem é Lula e declaram votar nele 36% — de muito longe, é o índice mais alto. Para se ter uma ideia, nesse quesito, o segundo colocado é Bolsonaro, com 17%. Outros 19% afirmam que poderiam votar: o potencial de voto é de 55%.
Os que entraram mais tarde na corrida eleitoral ainda são desconhecidos da imensa maioria. Declaram não saber quem é Rodrigo Pacheco (PSD) 57% dos entrevistados. Sabem e não votam 36%. 1% dos ouvidos conhecem e votariam, e 5% poderiam fazer essa escolha. Não conhecem Luiz Felipe D’Ávila, do Novo, 74% dos ouvidos. Sabem quem é não votam 21%. Poderiam votar 3%.
Pois é… Alguns têm de fazer um esforço para que o eleitorado os conheça mais. Outros torcem para que os viventes esqueçam de sua obra na hora de digitar um número da urna.
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