Dallagnol, que nega Vaza Jato, nega que procurou Bolsonaro

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Foto: Infoglobo

Após o presidente Jair Bolsonaro (PL) gravar um vídeo com ataques a Deltan Dallagnol, o ex-coordenador da Lava-Jato fez uma postagem nas redes sociais desmentindo as acusações. No domingo, Bolsonaro afirmou que rejeitou uma audiência com o então procurador na época da nomeação do governo para a Procuradoria Geral da República (PGR), em 2019, por desconfiar de que poderia “sair uma história pronta” do encontro. Porém, Dallagnol compartilhou declarações do próprio presidente afirmando que ele nunca havia lhe procurado.

No vídeo publicado por Bolsonaro, além das acusações a Dallagnol, há ataques à operação Lava-Jato que teve como juiz seu atual adversário político, Sergio Moro. Tanto Dallagnol quanto Moro se filiaram ao Podemos recentemente e devem disputar as eleições de 2022, para os cargos de deputado federal e presidente da República, respectivamente.

“Se eu tivesse audiência com ele (Dallagnol), com toda certeza não ia indicar a PGR. Mas iria sair uma história pronta. Como faziam por ocasião de alguns depoimentos por ocasião da Lava Jato. Escrevia o depoimento, chamava o cara para assinar. E ia falar o quê? Que eu teria feito proposta indecorosa para ele. Salvar um amigo, parente”, dispara Bolsonaro na gravação.

Dallagnol rebateu com uma montagem com duas entrevistas de Bolsonaro dadas em 2019, em que ele afirma que o ex-procurador nunca havia lhe procurado para tratar sobre a PGR.

“Como eu disse ontem, eu jamais pedi ou aceitei convite de reunião com o presidente Bolsonaro” postou no Twitter.

Nas acusações feitas no domingo, Bolsonaro fez referência a um episódio revelado por diálogos dos procuradores da Lava-Jato em aplicativos de mensagem que foram divulgados pela defesa do ex-presidente Lula (PT), após a justiça conceder acesso às mensagens vazadas.

Na conversa ocorrida em 2016, Deltan Dallagnol fala sobre a atitude de uma delegada da PF, que teria forjado um depoimento. “Ela entendeu que era pedido nosso e lavrou termo de depoimento como se tivesse ouvido o cara, com escrivão e tudo, quando não ouviu nada.. O ex-procurador diz não reconhecer a autenticidade das mensagens vazadas publicadas pela imprensa.

O Globo

 

 

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