Aliança Lula-Alckmin divide empresários

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Foto: Ricard Stuckert

A sinalização do avanço da chapa Lula-Alckmin para as eleições de 2022, reforçada pela primeira aparição da dupla em público, no domingo (19), ainda causa estranhamento entre representantes do empresariado. Enquanto alguns permanecem reticentes com união do ex-presidente e do ex-governador, há quem avalie o movimento como positivo para o setor privado e até para outros candidatos na disputa.

José Carlos Martins, presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), diz estar com um pé atrás com a chapa, que classifica como “um casamento meio estranho, daquelas que na primeira briga voa prato, cadeira”, porque a história dos dois políticos não teria convergência.

Segundo ele, a presença de Alckmin tem a função de atrair os eleitores paulistas, e não de tornar Lula mais aceitável ao empresariado, já que o presidente conseguiu, no passado, acalmar essa parte da sociedade quando iniciou seu primeiro mandato.

O presidente da Abiplast (que reúne a indústria do plástico), José Ricardo Roriz, diz que “os políticos, separados, têm uma longa trajetória de servir ao país, mas juntos perdem a essência daquilo que representam e construíram”.

Para Paulo Solmucci, presidente da Abrasel (associação de bares e restaurantes), o movimento de Lula e Alckmin representa uma busca por conveniência política, mas pode ser oportuno para harmonizar o país.

“Ambos foram muito abertos ao diálogo e o momento exige disposição geral para rever como as coisas foram feitas. Acho que traz um quê favorável [para o empresariado]. Pode ser produtivo”, diz.

Na opinião de Fabio Aguayo, diretor da CNTur (confederação do setor de turismo) e coordenador de um movimento de apoio à candidatura de Sergio Moro, a reunião de Lula com Alckmin favoreceria o ex-juiz em qualquer hipótese, porque contribuiria para desidratar Bolsonaro e escantear o governador de São Paulo, João Doria, abrindo mais estrada para Moro.

“O centrão logo vai abandonar Bolsonaro, e o candidato do centrão, em 2018, foi o Alckmin. Moro cresce como alternativa”, diz Aguayo.

Folha de S. Paulo

 

 

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