PSB segue fazendo grandes exigências ao PT

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Foto: Reprodução

Na tentativa de equilibrar forças numa possível federação com partidos de esquerda e, principalmente, diminuir o protagonismo do PT, o PSB vai sugerir alteração no chamado quórum qualificado para aprovação de decisões.

A ideia, que será apresentada na tarde de hoje, durante reunião de cúpula partidária, em Brasília, é passar de dois terços para quatro quintos o total de votos necessários para deliberações na assembleia do possível agrupamento partidário.

O PSB quer também rediscutir o número de vagas de cada legenda em caso de formalização da união com o PT, PCdoB e PV. A composição encaminhada até o momento leva em consideração a proporcionalidade da Câmara dos Deputados.

Nesta configuração, o PT ficaria com 27 vagas e o PSB com 15. O PCdoB e o PV teriam quatro cada. Diante do desequilíbrio, os socialistas desejam também costurar uma regra para garantir o direito a veto pelo partido que tenha pelo menos 15% da composição do colegiado.

Entre outros pontos, a legenda vai sugerir uma representação partidária mais equânime. Além da proporcionalidade da Câmara, os dirigentes socialistas querem que, no cálculo para a composição da federação, seja levado em consideração o número de prefeitos e de vereadores de cada sigla. O PSB já sugeriu em encontro anterior que os prefeitos tenham prioridade para concorrer à reeleição ou indicar o sucessor com apoio da federação. O PT está analisando este ponto específico.

O PSB comanda 250 cidades brasileiras. Já o PT, 179.

As novas sugestões do PSB foram debatidas na terça-feira com os líderes da bancada, Bira do Pindaré (MA), da Oposição, Alessandro Molon (RJ), e da Minoria, Marcelo Freixo (RJ).

“As sugestões trazidas pelos nossos parlamentares melhoram muito a proposta em discussão com os demais partidos e somos muito sensíveis a elas”, declarou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

Representantes do PT ouvidos pelo Valor afirmaram que só na reunião de hoje os detalhes vão ser definidos e que, por isso, não caberia fazer avaliação antes de debaterem as propostas. Internamente, dirigentes petistas defendem que a federação deve espelhar o tamanho exato de cada partido.

Na manhã de ontem, durante entrevista à TV Clube, de Pernambuco, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que não entendia do tema, mas que era simpático à ideia da federação.

“Tem gente que faz cálculo. ‘Vou perder um deputado, vou ganhar dois’. Eu acho que o PT tem que entrar porque, se todos os partidos entrarem e o PT ficar de fora, vai passar a ideia de soberba”, avaliou.

O ex-presidente afirmou que o partido vai tomar a decisão final na próxima reunião do diretório nacional. “É importante que a sociedade perceba que estamos construindo algo não apenas para as eleições e, sim, para governar esse país”, disse.

As legendas federadas são obrigadas a lançarem chapas conjuntas em todos os Estados e a atuarem unidas por quatro anos no Congresso e nas Assembleias.

Além da falta de consenso sobre aspectos práticos para funcionamento deste novo tipo de aliança, impasses eleitorais regionais, sobretudo em São Paulo, têm travado o processo.

O ex-governador Márcio França (PSB) e o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) são pré-candidatos ao governo. As duas legendas negociam a composição de uma chapa única. Márcio França tem repetido que pode abrir mão da disputa se as pesquisas de intenção de voto permanecerem apontando o petista na liderança. Neste caso, o mais provável é que o ex-governador concorra ao Senado.

O PCdoB e o PV têm participado dos debates sobre a federação, mas sem grandes exigências. Os partidos menores enxergam no novo instrumento um mecanismo para driblar a cláusula de barreira imposta a siglas com baixas votações. Legendas que não alcançarem um mínimo de votos ficam, por exemplo, sem propaganda partidária em rádio e TV e sem recursos do fundo partidário.

Valor Econômico 

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