Governo quer impedir que União Europeia monitore eleições no Brasil
Foto: Agência Brasil/ABr
O Ministério das Relações Exteriores esclareceu que o Brasil não tem tradição de ter suas eleições acompanhadas por organizações internacionais das quais não faz parte. A declaração cita explicitamente a União Europeia, uma vez que, no início desta semana notícias davam conta de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia convidado o bloco econômico, pela primeira vez, para observar suas eleições neste ano.
“O Ministério das Relações Exteriores recorda não ser da tradição do Brasil ser avaliado por organização internacional da qual não faz parte. Note-se que a União Europeia, ao contrário da OEA e da OSCE, por exemplo, não envia missões eleitorais a seus próprios estados membros”, informa o Itamaraty, em nota.
No documento, o MRE informou ainda que mantém interlocução constante com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que, neste ano, o “diálogo tem abordado a organização de seções eleitorais para cerca de 600 mil eleitores inscritos no exterior, assim como o envio de missões de observação para as eleições gerais de 2022”. Entre as missões, a nota destaca convites para a “Organização dos Estados Americanos (OEA), a exemplo das eleições de 2018 e 2020, e entendimentos preliminares com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o Parlamento do Mercosul (Parlasur) e organismos especializados como o Carter Center e a União Interamericana de Organismos Eleitorais (UNIORE)”.