Fidelidade do Centrão a Bolsonaro custou quase R$ 3 bi
Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Os parlamentares dos três dos maiores partidos do Centrão no Congresso — Partido Liberal, Progressistas e Republicanos — abocanharam R$ 2.855.108.585,74 das verbas para as emendas de relator (as RP9), que compõem o chamado “Orçamento secreto”. O levantamento feito pelo Correio se baseia nos documentos enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, em resposta ao pedido de detalhamento da liberação dos recursos, de 2020 e 2021, determinado pela ministra Rosa Weber.
Ao todo, foram encaminhados à Corte 100 documentos, de 404 parlamentares — 340 deputados e 64 senadores —, a pedido do presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Inicialmente, os relatores do Orçamento de 2020 e 2021, senador Marcio Bittar (União-AC) e deputado Domingos Neto (PSD-CE), afirmaram que não guardavam esses registros.
Em dezembro passado, a ministra deu 90 dias para que o sistema de monitoramento (com individualização, detalhamento e motivação da distribuição do dinheiro) do Orçamento fosse instituído. Em março, o Legislativo pediu mais três meses de prazo, mas Rosa Weber negou.