OEA atuará como observadora nas eleições brasileiras
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, assina nesta terça-feira (5), em Washington, nos EUA, um acordo de cooperação com a Organização dos Estados Americanos (OEA) para a presença de uma missão de observadores nas eleições de outubro.
A assinatura vai ocorrer durante encontro com o secretário geral da OEA, Luis Almagro.
O blog já ouviu de integrantes do TSE que os observadores internacionais podem ajudar a sinalizar que o mundo acompanha o processo eleitoral brasileiro e pode ajudar a coibir arroubos antidemocráticos ou questionamentos à lisura do processo eleitoral.
O presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores seguem questionando a segurança das urnas eletrônicas e ele já chegou a ironizar a presença de observadores internacionais.
Mesmo assim, Bolsonaro já se mobilizou para evitar que algumas missões venham ao Brasil para acompanhar as eleições de outubro, em especial uma missão da União Europeia.
A interlocutores, Fachin afirma que ainda trabalha para a vinda de observadores da União Europeia.
Em maio, Fachin afirmou que a meta é que mais de 100 observadores internacionais acompanhem as eleições presidenciais.
O TSE solicitou em março a presença da missão da OEA. Não é a primeira vez que a organização acompanha pleitos no Brasil.
Segundo detalhes do acordo que será assinado nesta terça-feira, os integrantes da missão terão livre acesso a locais de votação em todo o território nacional, poderão acompanhar as instalações de mesas eleitorais, terão acesso aos cadernos eleitorais e ao sistema de contagem para o dia das eleições.
Os observadores também vão poder fazer avaliações sobre o sistema de comunicação utilizada para transmitir resultados eleitorais – ponto central das críticas do presidente e seus apoiadores.
Os observadores estrangeiros também vão ter acesso completo ao processamento de denúncias que chegarem a respeito do pleito.