Ciro Gomes segue sofrendo “traições” no seu partido

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Foto: Reprodução

Era uma vez o palanque que Ciro Gomes (PDT) tinha no Rio de Janeiro para chamar de seu. Ele o perdeu, ontem à noite, quando Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niterói e candidato do PDT ao governo, firmou com uma ala de petistas uma aliança informal de apoio à candidatura de Lula a presidente.

Mais de 3 mil pessoas lotaram o auditório da ABI no centro do Rio para celebrar a aliança. Compareceram, por exemplo, Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT e a ex-ministra da Cultura do governo Dilma, Ana de Holanda, irmã do cantor Chico Buarque, que apoia a candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo.

Durante o evento foi lançado manifesto de apoio à chapa Lula presidente e Rodrigo governador. Ciro não foi consultado a respeito. Quaquá disse que o mais importante é isolar Bolsonaro no Rio:

“Ciro teve 19% das eleições passadas no Rio e hoje tem 8%. Para derrotar Bolsonaro precisamos conversar com o eleitor de Ciro. A frente democrática tem que ser feita no primeiro turno”.

O apoio a Rodrigo atrai nomes do PSB que não acreditam nas chances de Freixo derrotar o governador Cláudio de Castro (PL), candidato à reeleição. Rodrigo quer ter Lula no seu palanque, mesmo que ele siga apoiando Freixo. E não descarta abrir o palanque para Ciro, se ele insistir em manter sua candidatura.

Lula é esperado no Rio nesta quinta-feira para um ato público de apoio a Freixo. Dirá que seu candidato ao Senado é o deputado estadual André Siciliano (PT), que está mais próximo de Castro do que de Freixo. Castro é apoiado por Bolsonaro, mas não faz alarde disso para não perder votos. Uma zorra.

Metrópoles