
MDB fala duas línguas sobre apoio a Lula
Foto: Sérgio Roxo / Agência O Globo
A reunião de caciques do MDB com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo na segunda-feira expôs em números o racha do partido em relação à candidatura da senadora Simone Tebet ao Planalto. No encontro com a cúpula petista, lideranças do MDB em onze estados, concentrados no Norte e Nordeste, declararam apoio à candidatura de Lula no primeiro turno. A disposição de apoiar o ex-presidente e a pressão feita sobre a pré-campanha de Tebet, no entanto, podem resultar em retaliação da cúpula da legenda.
A direção do MDB tratou o movimento da ala lulista como um ato político isolado, sem chance de prosperar. A aliados, o presidente do MDB, Baleia Rossi (SP), disse que a exposição de caciques ao lado de Lula, tentando forçar uma virada ainda no primeiro turno, acaba por atrapalhar a negociação em um possível segundo turno. A consequência seria um “distanciamento” por conta do assédio da pré-candidatura do PT.
Costurada na semana passada com o senador Renan Calheiros (MDB-AL) durante uma série de encontros políticos de Lula em Brasília, a reunião faz parte de um movimento do PT para atrair partidos de centro, aumentar o leque de alianças para legendas além da esquerda e pressionar a candidatura de Simone.
Veja, em reportagem exclusiva para assinantes, como se posicionaram as lideranças do MDB presentes no encontro, como pretendem agir com o presidente da sigla, Baleia Rossi, e qual a posição da direção petista sobre a candidatura da senadora Simone Tebet. Entenda como a cúpula emedebista pretende lidar com as divergências e saiba mais sobre o mal estar gerado no entorno do ex-presidente Michel Temer, após a investida do PT.