Bolsonaro reconheceu e depois negou uso de dinheiro vivo
Foto: PR/São Paulo
O argumento usado nos últimos dias por Jair Bolsonaro (e aliados) para tentar explicar a compra de 51 imóveis comprados por ele e seu familiares é diferente da justificativa dada por ele próprio horas depois de a notícia ter sido publicada.
Inicialmente, um Bolsonaro irritadiço mandou essa: “Qual o problema, comprar com dinheiro vivo algum imóvel?”.
Uma semana depois, saiu-se com uma espécie de segunda versão, que espalhou nas redes bolsonaristas e em entrevistas. Afirmou que nas escrituras de compra e venda dos imóveis consta que as transações foram feitas em “moeda corrente nacional” — o que não é verdade em vários dos casos, que registram, sim, que a compra foi realizada com dinheiro em espécie, fora os depoimentos de vendedores confirmando as negociações em cash.
Portanto, registre-se: já foram duas justificativas diferentes numa mesma semana para negócios verdadeiramente nebulosos.