Lula terá “armas secretas” no debate
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A preparação de Lula para o debate deste domingo durou mais de oito horas e teve como um dos focos centrais respostas a fake news envolvendo o petista. Lula foi abastecido de dados para rebater especialmente, acusações, falsas que Bolsonaro tem feito na propaganda eleitoral sobre suposta ligação do ex-presidente com facções do crime organizado. O treinamento ocorreu em São Paulo na produtora do marqueteiro da campanha, Sidônio Palmeira.
A principal arma de Lula nesta frente será mostrar todas as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) favoráveis ao petista sobre propagandas que ligavam falsamente o ex-presidente a bandidos e que foram retiradas do ar.
A mesma estratégia será usada para rebater questões sobre pautas de costumes como aborto e fechamento de igrejas. Na sexta-feira, a ministra Cármen Lúcia determinou a remoção de vídeo em que campanha de Bolsonaro acusava Lula de incentivar abortos. Ao todo, a equipe jurídica petista já conseguiu 55 vitórias no TSE sobre propagandas irregulares que se baseavam em fake news.
Sobre a tentativa de Bolsonaro colar em Lula a imagem de corrupto, o ex-presidente rebaterá com dados sobre as mais de 25 ações arquivadas contra ele. Também destacará a decretação de sigilo de 100 anos pelo governo Bolsonaro em temas que vão de visitas a Michelle Bolsonaro ao processo do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho, apoiador do presidente.
Assim como na propaganda eleitoral deste sábado, coordenadores de Lula afirmam que o petista está preparado para elevar o tom sobre acusações de corrupção envolvendo o clã Bolsonaro.
Na peça publicitária, a campanha petista acusou Bolsonaro de participar da prática de “rachadinha”, que consiste em desvios de salários de assessores, e citou cheques depositados pelo ex-assessor do presidente e de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, à primeira-dama Michelle. Além disso, destacou que a mãe e a avó da mulher do presidente já tiveram problemas com a Justiça.