Jefferson disparou 20 tiros de fuzil
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Depois de um dia de faroeste bolsonarista, com Roberto Jefferson no papel de pistoleiro, Bolsonaro e seu entorno tentam apagar a proximidade entre os dois e ligar o ex-deputado a Lula. Jefferson disparou pelo menos 20 tiros de fuzil e lançou duas granadas em agentes da Polícia Federal que foram a sua casa para levá-lo de volta à cadeia, depois da revogação de sua prisão domiciliar. Feriu dois agentes. Depois se entregou. ……………………..
Bolsonaro tentou desviar dos efeitos do tiroteio: “Não tem uma foto dele comigo”. Álbum mostra mais de uma… Também publicou vídeo em redes sociais chamando Jefferson de bandido, por ter atirado em policiais federais. E voltou ao assunto durante sabatina na TV Record, à noite: “Nós não somos amigos, nós não temos relacionamento, e tratamento para pessoas que são corruptas ou agem dessa maneira como Roberto Jefferson agiu, xingando uma mulher e também recebendo à bala policiais, o tratamento que será dispensado pelo governo Jair Bolsonaro será de bandido”. ……………………..
Lula creditou a reação de Roberto Jefferson ao “clima de ódio” criado por Bolsonaro. Durante entrevista no podcast DL Show, disse que o presidente mandou o ministro da Justiça “proteger um cidadão que tinha se recusado a se entregar para a PF, que cumpria o mandado de um juiz”. Em sua campanha, começou a destacar a ligação de Jefferson com Bolsonaro. ……………………..
O episódio de resistência do bolsonarista Roberto Jefferson é de uma gravidade ímpar. É exatamente o resultado de uma política de ódio do presidente Bolsonaro que, inúmeras vezes, disse que não cumpriria uma decisão do Supremo Tribunal, exatamente o que fez hoje o seu seguidor.
Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), chamando Roberto Jefferson de “essência do Bolsonaro”. ……………………..
Kennedy Alencar vê o episódio como a aplicação na prática da estratégia de Bolsonaro de contestar o resultado da eleição. Cesar Calejon diz que Jefferson expôs o bolsonarismo em carne e osso. Para Josias de Souza, Jefferson antecipou em uma semana a versão tupiniquim da invasão do Capitólio. Casagrande vê o “terrorismo” de Jefferson como amostra de mais quatro anos com Bolsonaro. ……………………..