Grupo hacker vaza cartão de vacina de Bolsonaro
Foto: Reprodução
Um suposto cartão de vacinação de Bolsonaro passou a circular na internet no final da tarde da última segunda-feira (2). O que chama a atenção no tal documento é o registro de que Bolsonaro teria tomado a vacina da Covid-19, contrariando suas posições emitidas durante toda a pandemia.
Segundo o tal registro, Bolsonaro teria tomado a vacina no dia 19 de julho de 2021, em uma Unidade Básica de Saúde de São Paulo. O imunizante utilizado teria sido o da Janssen.
No entanto, há indícios de que o documento é falso, pois Bolsonaro não estava em São Paulo no dia mostrado no tal cartão, o que indicaria que o documento foi manipulado. Confira os detalhes no decorrer da matéria.
O suposto cartão de vacina do Bolsonaro foi divulgado inicialmente pelo grupo hacker Anonymous, no Twitter. Uma das imagens reproduz a tela do ConecteSUS, que reúne informações de saúde dos brasileiros, como as doses de vacina tomadas na pandemia.
As imagens que circulam nas redes sociais contêm o nome do ex-presidente, CPF, número do cartão do SUS, nome da mãe, foto e assinatura.
O cartão de vacina que circula nas redes diz que Bolsonaro tomou a vacina no dia 19 de julho de 2021. No entanto, segundo o UOL, Bolsonaro estaria em Brasília nesta data.
Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo diz que não consta registro de atendimento a Bolsonaro na unidade de saúde nesta data.
Ainda de acordo com o UOL, o então presidente Bolsonaro estava em São Paulo até o dia anterior, ou seja, 18 de julho. Nesta data, ele recebeu alta do Hospital Vila Nova Star, depois de passar quatro dias internado tratando uma obstrução intestinal.
Ele viajou a Brasília ainda na manhã do dia 18 de julho. Sendo assim, Bolsonaro não estava em São Paulo no dia 19 de julho.
O ex-presidente Jair Bolsonaro aplicou sigilo de 100 anos no próprio cartão de vacinação, em meio às discussões sobre a eficácia das vacinas contra a Covid-19 — comprovadas cientificamente como método de prevenção à doença.
Bolsonaro, por sua vez, afirmou várias vezes que não se vacinou, e apoiava o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença, chegando a incentivar o uso aos seus apoiadores.