Mais um bandido condenado entre os golpistas

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Foto: Reprodução

O bolsonarista que gravou um vídeo-selfie agradecendo o apoio de um policial legislativo, após invadir o Congresso Nacional, foi identificado como sendo Leonardo Alves Fares, 48 anos. O extremista possui diversas passagens pela polícia e responde a um processo na Justiça do DF por improbidade ao fraudar licitação na contratação de artistas para o evento Rodeio sobre Rodas, no Paranoá.

Conforme apurado pela reportagem do Metrópoles, Leonardo tem uma extensa ficha criminal. O morador de Brasília já foi fichado na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por desacato, estelionato, violação de domicílio e imprudência no trânsito.

Dentre as ocorrências no trânsito, o bolsonarista já foi detido por lesão corporal, direção perigosa, conduzir veículo bêbado, causar acidente nas vias de Brasília e fuga da cena do crime.

Em 2017, Leonardo virou réu em um processo movido pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por improbidade administrativa. Na época, ele era sócio administrador de uma empresa responsável por contratar artistas para um evento musical organizado pela Administração Regional do Paranoá.

Uma auditoria realizada na época apontou que os atos de gestão das contratações de artistas para shows e eventos culturais pela Secretaria de Estado de Cultura e pelas Administrações Regionais do Distrito Federal foram realizados com diversas irregularidades no ano de 2011.

A empresa em que Leonardo era sócio, a Tavares e Cia LTDA, foi selecionada em um processo licitatório para realizar o evento Rodeio sobre Rodas no valor de R$ 150 mil, sem a formalização de um contrato.

A contratação da empresa seria para viabilizar a seleção dos artistas que se apresentariam no evento, porém “serviu apenas para encarecer a contratação com verba pública” uma vez que a Tavares e Cia não possuía representação das bandas que iriam tocar no shows.

Segundo apontado pela denúncia, houve um superfaturamento nos cachês dos grupos contratados, visto que o cachê definido pela Secretaria de Cultura era de R$ 8 mil e houve um repasse que gerou prejuízo de R$ 97 mil.

Por fim, também foi identificado pelo MPDFT ausência de ordem de serviço expedida pelo então Administrador Regional André Felipe da Abadia, condução de processo licitatório sem prévia informação de previsão orçamentária e outras irregularidades na licitação do evento.

Diante da denúncia, Leonardo e os outros sócios envolvidos foram condenados, na época, a devolver os valores recebidos indevidamente na contratação da empresa na qual eles representavam e ao pagamento de indenização por danos morais coletivos.

Após invadir o Congresso Nacional, Leonardo fez questão de registrar um vídeo-selfie agradecendo o apoio de um policial legislativo que conversava com invasores no plenário do Senado Federal, nesse domingo (8/1).

Segundo o manifestante, o policial pediu permissão para entrar no local e teria dito aos bolsonaristas que o contingente de segurança pública “está ao lado deles”.

 

Ao menos outras duas filmagens também foram compartilhadas em grupos bolsonaristas. Nas gravações, manifestantes ovacionam a Polícia Militar, bem como membros do Exército, e agradecem o apoio deles.

Metrópoles