Assessor de deputado bolsonarista é preso por atos terroristas

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Foto: Reprodução

Apontado como um dos financiadores dos ônibus que levaram golpistas até Brasília para os atos terroristas que culminaram na depredação da sede dos Três Poderes no último dia 8, o assessor parlamentar Campos Carlos Victor Carvalho, de 34 anos, foi preso pela Polícia Federal no Espírito Santo. Nomeado para o gabinete do deputado estadual do Rio Felippe Poubel (PL) em junho do ano passado, o fundador do Associação Direita Campos é administrador de perfis de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais e ex-candidato a vereador. Nas eleições de 2020, ele concorreu pelo Republicanos, mas obteve 2.292 votos e não foi eleito.

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“Na manhã de hoje, 19/01, policiais federais da Delegacia de Polícia Federal em Campos dos Goytacazes prenderam o terceiro alvo da operação. O homem foi encontrado em uma pousada no município de Guaçuí, no Espírito Santo. Com isso, os três mandados de prisão foram cumpridos de forma efetiva”, informou a PF, em nota.

Em nota oficial enviada AO GLOBO, o gabinete do deputado estadual Filippe Poubel comunicou a exoneração de Carvalho, após a prisão, “para que ele possa ter pleno direito à defesa nos trâmites do devido processo legal”.

A nota diz ainda: “O deputado reitera que a sua oposição ao Governo Federal não o impede de repudiar atos ilegais, visto que sua conduta sempre foi marcada pela defesa dos valores democráticos, que o fizeram conquistar o seu 3º mandato no Poder Legislativo.”

O perfil pessoal de Victor nas redes sociais tem mais de 50 mil seguidores e conta com postagens de apoio ao ex-presidente, assim como críticas a Lula (PT). No Instagram, ele tem como foto de perfil uma imagem em que faz o gesto de “arminha” com as mãos e se apresenta como “cristão, conservador, anticomunista e contra o aborto”. A conta é privada, mas seguida pelo deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ).

Ao GLOBO, o Corpo de Bombeiros do Rio informou que acompanha de perto a Operação. De acordo com a corporação, Roberto Henrique de Souza Júnior será conduzido ainda hoje ao Grupamento Especial Prisional da (GEP), em São Cristóvão, onde ficará à disposição da Justiça.

— O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro repudia veementemente quaisquer atos que ameacem o Estado Democrático de Direito. Será instaurado, ainda hoje, um Inquérito Policial Militar para apurar a participação do bombeiro da corporação em ataques contra o patrimônio público e em associações criminosas visando à incitação contra os poderes institucionais estabelecidos, o que é inadmissível — afirmou o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do CBMERJ, coronel Leandro Monteiro.

O Globo