Salles e a volta da boiada, atropelando o PL

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Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil

Existe um chavão em política segundo o qual não se discute eleição nos anos ímpares. Na prática, trata-se de uma falácia e as discussões sobre as eleições municipais do ano que vem já estão nas mesas partidárias. De olho na prefeitura de São Paulo, o deputado federal Ricardo Salles deu um prazo até junho deste ano para que o PL dê sinais de que irá apostar nele como nome da sigla no pleito.

Apesar de ter saído “queimado” do Ministério do Meio-Ambiente por episódios como a célebre reunião em que sugeriu “passar uma boiada” sobre a regulação ambiental, Salles elegeu-se deputado federal pelo PL com boa votação, possui respeitável capacidade de articulação e tem potencial para tentar conquistar o eleitorado paulistano de direita, incluindo os bolsonaristas, ainda um pouco órfãos de lideranças na cidade.

A pressão de Salles sobre o PL aumentou devido ao fato de que, neste mês, o partido de Valdemar Costa Neto vai levar ao ar no rádio e na TV suas propagandas regionalizadas. Se não estiver nas peças da capital paulista, o ex-ministro de Bolsonaro vai procurar outra legenda para levar sua plataforma eleitoral. Para isso, porém, Valdemar teria que conceder sua carta de desfiliação. O PL em São Paulo controla três subprefeituras e a Secretaria do Verde e Meio Ambiente.

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