Bolsonaro tentou contrabandear joia de grife funda em 1860
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As joias de Michelle Bolsonaro, avaliadas em R$ 16,5 milhões e apreendidas pela Receita Federal em outubro de 2021, que seriam presente do governo da Arábia Saudita a ex-primeira-dama, são da grife Suíça Chopard.
A marca foi fundada em 1860 por Louis-Ulysse Chopard, na região suíça do Vallée de Joux, e tem campanhas com celebridades internacionais, como Julia Roberts, Mariah Carey e fez collab com Rihanna. A empresa comemorou 150 anos em 2010 com um faturamento aproximado de 550 milhões de euros e tem cerca de 100 lojas em todo o mundo.
No início, produzia cronógrafos e relógios de bolso. Em 1912, o fundador da marca colocou os relógios em baús de viagem e partiu para Polônia, Hungria e Rússia, onde vendeu cronômetros na corte do Czar Nicolau II. Em 1937, a sede da empresa foi para Genebra. Em 1963, Karl Scheufele III, herdeiro de uma tradicional relojoaria alemã, assumiu o controle da grife, que lançou, na década de 1980, relógios esportivos e conjuntos de diamantes. A marca suíça também tem uma longeva parceria com o Festival de Cannes: é a responsável a confeccionar a Palma de Ouro e protagoniza os looks das estrelas no tapete vermelho.
Em 2017, Rihanna assinou coleção-cápsula em parceria com a joalheria e lançou a coleção no Festival de Cannes.
A joalheria de luxo Chopard tem preços nas alturas: os relógios chegam a custa mais de 50 mil dólares e os colares, 70 mil dólares. E tem ainda fragrâncias.
Segundo reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo”, o governo Bolsonaro tentou reaver o conjunto com colar, anel, relógio e um par de brincos em pelo menos quatro ocasiões, uma delas um dia antes do ex-presidente viajar para os Estados Unidos. O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou que a Polícia Federal vai investigar o episódio.