Comandante do Exército revela foco golpista no país
Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação
O comandante do Exército, o general Tomás Paiva, disse a interlocutores que vai atuar para pacificar a relação de militares da reserva com Lula.
Em conversas reservadas sobre a reconstrução de pontes entre membros da Força e o presidente, o general aponta a reserva como a ala mais “reativa”.
Tomás Paiva destaca que os militares da reserva têm respeito e influência sobre a tropa e que é importante trabalhar nesta frente. Quando é perguntado de que maneira quebrará a resistência que esse grupo apresenta, o comandante afirma que só tem um caminho: o diálogo.
Nas conversas com expoentes da reserva, Tomás Paiva tem dito que é preciso seguir em frente e defendido a mensagem do discurso que fez como comandante militar do Sudeste, em janeiro. Na ocasião, o general pediu à tropa respeito aos resultados das urnas e chamou os atos golpistas de 8 de janeiro de “terremoto político”.
“Alternância de poder. É o voto, e quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É essa a convicção que a gente tem que ter, mesmo que a gente não goste. Nem sempre a gente gosta, nem sempre é o que a gente queria. Não interessa. Esse é o papel da instituição de Estado, da instituição que respeita os valores da pátria. Somos Estado”, disse Tomás Paiva.