PF fecha o cerco a financiadores de 8 de janeiro
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Uma das linhas de investigação sobre os atos golpistas que depredaram a área central de Brasília no dia 8 de janeiro indica a atuação de pequenos financiadores regionais – que juntos, de forma simultânea, teriam viabilizado a ação dos vândalos.
Segundo investigadores, isso explica o fato de até agora a Polícia Federal não ter identificado grandes financiadores que custearam os acampamentos em frente a quartéis militares e o envio das caravanas ao Distrito Federal, por exemplo.
Pessoas ligadas à investigação avaliam que, com as provas colhidas até agora, pode ser que esses grandes financiadores não existam.
Segundo essa linha de apuração, a logística para os atos golpistas de janeiro foi viabilizada de forma simultânea por financiadores regionais , que deram logística e suporte para o transporte e a atuação dos grupos golpistas que depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso naquele dia 8.
Reunidos, esses “patrocinadores” teriam conseguido gerar a mobilização de um grande número de pessoas, necessária para viabilizar os atos.
A atuação dos “mentores intelectuais”, dos financiadores e dos próprios vândalos será investigada também pela CPI criada nesta semana pelo Congresso Nacional.
O esforço conjunto desses pequenos financiadores, aliado à suposta conivência da segurança pública do Distrito Federal, teria sido suficiente para a depredação da Praça dos Três Poderes.
Os responsáveis pelo inquérito na PF trabalham com essa visão, no momento. Mas afirmam que, se surgirem novos elementos que apontem para financiadores de grande porte, o quadro será revisto novamente, e novas diligências podem ser pedidas ao STF.
Até o momento, no entanto, tudo indica que o dinheiro que subsidiou a atuação dos golpistas veio desses pequenos financiadores, sem uma grande empresa ou empresário para capitanear os esforços e entrar com o aporte principal.