Confira a prisão de Mauro Cid
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Seis homens ligados a Bolsonaro foram presos na última quarta-feira por envolvimento em um esquema de falsificação de cartões de vacina. Entre eles, o ex-major Ailton Barros e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, alvo de quatro inquéritos e agora também investigado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro.
Filho de general, Mauro Cid é oficial do exército há mais de 20 anos. Foi o primeiro aluno da turma na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), por onde também passaram seu pai e Jair Bolsonaro, que foram colegas.
Com uma sólida carreira acadêmica, ele abriu mão de acompanhar uma missão nos Estados Unidos para assessorar Bolsonaro no Palácio do Planalto desde o início do mandato, em 2019. Pela função, ganhava R$ 1,7 mil, mais o salário militar de R$ 26 mil.
Adriana Marques, professora do Instituto de Relações Internacionais e Defesa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, explica as atribuições do cargo:
“O ajudante de ordens é uma espécie de secretário particular do presidente da República. Vai estar sempre ao lado do presidente e vai cuidar, inclusive, de questões sensíveis e mais pessoais, como a correspondência do presidente da República, vai ter acesso ao telefone celular. É uma função de bastante prestígio”, descreve.
Mauro Cid ia além, com mais influência no governo Bolsonaro do que muitos ministros palacianos. Ele também participava das lives e corrigia informações.
Agora, o tenente-coronel de 44 anos está preso no Batalhão de Polícia do Exército Brasileiro, sob vigilância 24 horas. Ele fica em um cômodo com um pouco mais de 20 metros quadrados, uma janela com grades e um banheiro. O local tem ainda uma cama de solteiro, uma mesa de apoio e um armário.