Assaltantes fingem ser da Lava Jato para roubar condomínios no Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga uma quadrilha de assaltantes que se vestem como agentes da Lava Jato para a prática de crimes. A tática é anunciar na portaria dos prédios que integram a equipe da Lava Jato para ter acesso, sem resistência ou violência, ao interior dos edifícios.
Na ação mais recente, na manhã desta quinta-feira, às 6h, a quadrilha roubou R$ 110 mil em dinheiro no interior de um apartamento no Leblon.
Os policiais suspeitam que Paulo Roberto da Silva Taveira, conhecido como Cara Preta , faça parte da quadrilha. Cara Preta foi preso em 2009 por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos. Na ocasião, ele e sua quadrilha praticava assaltos vestido com uniformes do Correios.
De acordo com testemunhas, deste crime no Leblon, quatro homens e uma mulher se apresentaram ao porteiro do prédio como integrantes da Polícia Federal. Um homem vestia terno e dizia ser delegado. Os outros quatro vestiam coletes da PF. O grupo forjou um mandado de busca e solicitou na portaria que queria ir em um apartamento específico. O morador autorizou a ida dos falsos policiais ao imóvel.
Carro usado pela quadrilha na ação no Leblon (Foto: Divulgação) Carro usado pela quadrilha na ação no Leblon (Foto: Divulgação)
Carro usado pela quadrilha na ação no Leblon (Foto: Divulgação)
Atendidos pelo morador, que é arquiteto, os falsos policiais informaram que investigavam sonegação de imposto. Uma das vítimas pediu para ter acesso ao teor do mandado mas foi impedida pelos integrantes do grupo que assim tiveram acesso ao interior do imóvel.
Os policiais falsos ainda informaram logo que entraram que buscavam o computador da família. Já no interior do apartamento, eles começaram, pelo escritório, a buscar bens simulando uma busca autorizada pela Justiça.
A vítima chegou a pedir aos falsos agentes para que não levassem o computador que é seu instrumento de trabalho. Na revista, eles encontraram algo em torno de R$ 70 mil em dinheiro em notas de dólares e euros. A partir daí, segundo a vítima, a quadrilha passou a ser agressiva.
Mais R$ 1 mil foram encontrados em pastas e gavetas do escritório. Já no quarto, no criado mudo, o grupo encontrou mais R$ 40 mil. Ainda foram levados pela quadrilha um tablet, o computador e óculos de sol. Na saída, eles amarraram o casal e dois porteiros que após autorizar a entrada no imóvel foram verificar o que estava acontecendo.