Justiça nega pedido de Lula para adiar interrogatório em processo da Zelotes.

Todos os posts, Últimas notícias

 

O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da Justiça Federal do Distrito Federal, negou nesta quinta-feira (10) pedido do ex-presidente Lula e de um de seus filhos, Luís Cláudio Lula da Silva, para um novo adiamento dos interrogatórios de um processo da Operação Zelotes em que ambos são réus.

Neste processo, Lula é acusado de interferir, já fora do cargo de presidente, na compra de aviões militares pelo governo brasileiro e na prorrogação de incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos por meio de uma medida provisória.

Em março, Vallisney marcou os interrogatórios dos quatro réus do caso –Lula, Luís Cláudio, Mauro Marcondes Machado e Cristina Mautoni Marcondes Machado– para o dia 21 de junho, às 9h, depois de três adiamentos ou suspensões.

Agora, segundo informações disponíveis na decisão judicial, os advogados do ex-presidente e de seu filho queriam que os interrogatórios só fossem marcados após o fim de um prazo de quatro meses dado pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) para a oitiva de testemunhas que moram no exterior –entre elas autoridades como os ex-presidentes franceses François Hollande e Nicolas Sarkozy, assim como o premiê sueco Stefan Lofven.

Como este prazo acaba justamente em 20 de junho, Vallisney decidiu marcar os interrogatórios para o dia seguinte. No entanto, como a decisão do TRF-1 também diz que este período de quatro meses poderia ser prorrogado, a defesa de Lula quis que a Justiça analisasse primeiro a necessidade da extensão do prazo antes de marcar os interrogatórios.

Ao negar o pedido, o juiz disse que não existe veto à marcação dos interrogatórios, desde que resguardado o prazo determinado pelo TRF-1. Vallisney afirmou também que “poderá prorrogar esse prazo em decisão fundada em justo motivo, o que não ocorreu até o presente momento”.

Vallisney prosseguiu dizendo que, “muito pelo contrário, o presente processo está parado sem nenhum ato de instrução desde a oitiva da última testemunha há mais de seis meses”. Para o juiz, não há motivos para manter o processo suspenso ou parado.

Com informações do Uol