Quem assistiu ao Roda Viva não vota em Bolsonaro
O Blog da Cidadania teve espírito público suficiente para assistir a 1h21m50s do programa Roda Viva, veiculado pela TV Cultura de SP na noite da última segunda-feira, 30 de julho. Bolsonaro prestou um serviço à sociedade ao se expor nesse programa. Qualquer cidadão com inteligência mediana e que assistiu ao seu desempenho patético, jamais votará nele.
Bolsonaro não domina assunto nenhum. Diz generalidades sobre tudo. Agora, como seu objetivo nunca foi servir ao público, mas o de servir-se dele, sobretudo monetariamente, o capitão reformado pelo Exército por ter se envolvido em um motim abandonou convicções afeitas aos militares, como nacionalismo e estatismo, para defender toda baboseira ultraliberal que está afundando o Brasil.
E, como tudo que faz é pensando em se eleger a qualquer preço, passou a propor coisas que nem o político mais ultraliberal dos ultraliberais sequer sonha verbalizar, como, por exemplo, tirar direitos de trabalhadores dizendo que está tirando.
Temer, que é mais neoliberal que Bolsonaro, porque é neoliberal de verdade, não foi estúpido o suficiente para propor tal absurdo, apesar de suas ações com a reforma trabalhista terem sido nesse sentido de tirar direitos do trabalhador. Mas Temer teve ao menos o puder de negar…
Bolsonaro disse coisas racistas, misóginas, homofóbicas dizendo que não é racista, misógino ou homofóbico. Negou apoio a greves de policiais apesar de seus vídeos apoiando essas greves terem milhões de visualizações. Mentiu descaradamente, não respondeu a uma só pergunta sobre planos para o futuro.
Tudo isso porque Bolsonaro sabe que seu eleitorado não quer saber do que ele fará pelo povo, mas do que ele fará CONTRA parcelas desse povo que esse eleitorado nazifascista gostaria, se possível, de exterminar, mas que se contentaria em deportar, banir ou segregar em guetos fortemente guardados.
Além disso, Bolsonaro, que agrada tanto aos que odeiam Lula, demonstrou pouco conhecimento do idioma – soltou um “metade querem” que doeu na alma –, seu baixíssimo aproveitamento escolar.
Não que seja exigível alta escolaridade para um cargo político, mas é exigível que o candidato tenha densidade política, conhecimento geral dos problemas nacionais e de propostas para esses problemas, o que Lula sempre teve de sobra, como demonstra seu governo de oito anos, que terminou com OITENTA E SETE POR CENTO DE APROVAÇÃO.
Assistir ao Roda Viva com Bolsonaro foi, de certo modo, tranquilizador. Quanto mais ele se expuser publicamente durante a campanha, mais gente perceberá a farsa descomunal que esse sujeito é. Claro que não todos esses cretinos que querem votar nele, mas não haverá muitos mais e isso será mais do que o suficiente para ficarmos livres dele.
Assista, abaixo, ao suicídio eleitoral dessa mediocridade andante e falante.