Judiciário veta Lula em programa do PT e libera no do PSDB
O candidato do MDB à Presidência, Henrique Meirelles, comemorou nesta quarta-feira (12) a vitória em um imbróglio por uma reivindicação improvável: o direito de poder apresentar a imagem do ex-presidente petista Lula na campanha adversária do MDB.
“A imagem do Lula aparece como testemunha do meu trabalho”, disse Meirelles nesta quarta, em evento de sua campanha na rua 25 de Março, centro do comércio popular paulistano.
Nesta terça-feira (11), foi rejeitado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) um pedido da coligação do PT para impedir que Meirelles use a imagem de Lula em sua campanha.
Com a foto do ex-presidente petista em seu programa eleitoral na TV e no rádio desde o início das exibições, a estratégia de Meirelles é se apresentar ao eleitor como o responsável pelo bem-estar econômico experimentado pela população quando ele chefiou o Banco Central durante os oito anos de gestão Lula (2003-2010), época em que a classe C expandiu seu poder de compra.
Tentando não confundir o eleitor que vê a imagem do PT no programa do MDB, Meirelles reitera que não votou em Lula em 2002, apesar de ter aceitado o convite para assumir o BC no governo do PT, partido dos hoje adversários Lula e Fernando Haddad.
Ao ser questionado sobre a decisão obtida no TSE liberando sua campanha para mostrar fotos de Lula, Meirelles afirma que “o PT precisa aprender a obedecer a lei”, uma ironia sobre os recursos apresentados pelo partido na Justiça para tentar emplacar a candidatura de Lula.
“Não adianta querer fazer a lei de acordo com a conveniência dos líderes do partido. Um dos maiores problemas do Brasil é não ter todos os políticos obedecendo a lei”, disse Meirelles na 25 de Março.
Da FSP.