Escândalo do WhatsApp se espalha pelo mundo e derruba Facebook
O Facebook havia convocado toda a cobertura do Vale do Silício. Saíram relatos simultâneos em canais como CNN e CNBC e sites de tecnologia como Wired e Verge.
No Wall Street Journal, na Bloomberg, no britânico Guardian, no indiano Hindustan Times.
Nos enunciados, “Dentro da ‘sala de guerra’ do Facebook” e até mesmo “Facebook ‘encantado’ com resposta do ‘war room’ à eleição do Brasil”. Nos vídeos e fotos, bandeirinhas e mapas do Brasil e dos EUA. Nos textos, a informação de que o WhatsApp, que é do Facebook, é parte do esforço de “guerra”.
Porém, no destaque do BuzzFeed, com reportagem de seu vice global de jornalismo, Ryan Broderick, “No momento em que o Facebook mostra a sua ‘sala de guerra eleitoral’, um imenso escândalo do WhatsApp atinge o Brasil”.
“O maior jornal do Brasil, Folha, publicou uma reportagem bombástica na quinta, de que empresas de marketing vêm comprando pacotes de números de telefone e usando para fazer propaganda anti-esquerdista em massa aos eleitores no WhatsApp.
A reportagem saiu no mesmo dia em que o novo CEO do WhatsApp, Chris Daniels, publicou artigo na Folha, dizendo: ‘Temos a responsabilidade de amplificar o bom e mitigar o mau’.
“Quinta de manhã também parece ter sido o momento em que o Facebook liberou a publicação de reportagens de acesso, de sua ‘sala de guerra’.
O momento do embargo — o acordo para publicar notícias fornecidas por uma fonte ao mesmo tempo—, a investigação da Folha e o artigo de Daniels põem em dúvida exatamente como o Facebook pretende monitorar notícias falsas e desinformação hiperpartidária, especialmente num país dominado pelo WhatsApp como o Brasil.”
Entrando pela noite, jornais como os britânicos Guardian e Telegraph, o francês Le Figaro, o espanhol El País, o argentino Clarín e os americanos Washington Post, com AP, e New York Times, com Reuters, noticiaram os disparos eleitorais no WhatsApp brasileiro.