Estamos perto de um ‘2o golpe, com estética militar’
Os números das pesquisas de intenção de voto erraram diversos resultados em várias regiões do país. Exemplos não faltaram: em Minas Gerais, Dilma ficou fora do Senado registrando 15,17% com 97% das urnas apuradas. Ela liderava a disputa, mas foi ultrapassada pelo líder Rodrigo Pacheco (20,6%) e Carlos Viana (20,29%), ambos com perfil conservador. Fernando Pimentel (PT), que tentava a reeleição em Minas, também está fora do 2º turno que surpreendentemente contará com Romeu Zema do Novo, registrando uma diferença de 21 pontos em relação às pesquisas e chegando a 43,05%. Antônio Anastasia vem logo atrás, com 29,04%.
Eduardo Suplicy mais uma vez ficou de fora do Senado em São Paulo, nas eleições vencidas por Major Olímpio (25,81%) e Mara Gabrilli (18,60%). Já no Rio, o ex-juiz federal Wilson Witzel despontou isolado na disputa pelo governo do estado, com 41,25%. Eduardo Paes, o então favorito, registrou 19,31%.
Tantos números confirmam uma forte guinada à direita em todos os âmbitos de poder no país.
Para a cientista política, os números denotam que o brasileiro optou por algo que ela analisa faltar em Dilma ou Temer: carisma. “Esse eleitor foi ganho por figuras esdrúxulas”.
Diante dos números, Clarisse é categórica: ainda que vença Bolsonaro no segundo turno, Fernando Haddad só assumirá a presidência por meio “de um acordo com o capital e impondo uma pauta neoliberal e conservadora”.
Com o prospecto do segundo turno, a professora acredita que Haddad dificilmente conseguiria garantir uma agenda progressista. “O que nos restará vai ser manter a articulação, garantir o direito de reunião, de livre pensamento e seguir na luta”, completa.
Do Sputnik.